sexta-feira, 20 de julho de 2012

CARTA A DIOGNETO


  Estamos enfrentando tempos difíceis, onde a identidade da igreja tem sido muitas vezes de acordo com o fluxo do mundo. Inversões de valores e amor ao dinheiro tem ganhado espaço no senário atual. Pensando nisso, vejo a necessidade de voltarmos às origens, assim como os pré-reformadores, e os reformadores do século 16. Era necessário estudar os pais da igreja, e se debruçar nas Escrituras, de forma que pudessem conferir na língua original a contextualização de cada passagem.
  A carta a Diogneto refuta o paganismo e expõe de um modo positivo e simples a natureza da fé Cristã. Leia essa bela carta sem data precisa, mas certamente dos primeiros séculos depois do nosso Senhor Jesus Cristo.

  "Pois os Cristãos são diferenciados dos outros homens, não pelo pais, nem pela linguagem, nem pelos costumes que eles observam. Pois eles não habitam em suas próprias cidades, nem empregam uma forma peculiar de linguagem, nem levam uma vida que é marcada por qualquer singularidade. O modo de conduta que eles seguem não foi determinado por alguma especulação ou deliberação de homens curiosos; nem, como alguns, proclamam-se a si mesmos os advogados de quaisquer doutrinas meramente humanas. Mas, habitando em cidades gregas, bem como em cidades bárbaras, conforme a sorte de cada um deles tem determinado, e seguindo os costumes dos nativos com respeito ao vestuário, alimento e o resto de sua conduta ordinária, eles exibem para nós seu maravilhoso e reconhecidamente extraordinário método de vida. Eles habitam em seus próprios países, mas simplesmente como peregrinos. Como cidadãos, eles participam de todas as coisas com os outros e, todavia, suportam todas as coisas como se fossem estrangeiros. Toda terra estranha é para eles como seu país nativo, e toda terra de seu nascimento como uma terra de estrangeiros.

  Eles se casam como fazem todos [os outros]; eles geram crianças; mas eles não destroem sua descendência. Eles tê uma mesa comum, mas não uma cama comum. Eles estão na carne, mas não vivem segundo a carne. Eles passam seus dias na terra, mas são cidadãos do céu. Eles obedecem as leis prescritas, e ao mesmo tempo excedem às leis por suas vidas. Eles amam todos os homens, e são perseguidos por todos. Eles são desconhecidos e condenados; eles são entregues à morte, e restaurados à vida; eles são pobres, todavia feitos muito ricos; eles tê falta de todas as coisas, e todavia abundam em tudo; eles são desonrados, porém, em sua própria desonra, são glorificados. Eles são difamados e, todavia, são justificados; eles são ultrajados e abençoados, eles são insultados, mas retribuem o insulto com honra, eles fazem o bem, todavia, são punidos como malfeitores. Quando punidos, eles se regozijam como se estimulados para a vida; eles são atacados pelos judeus como estrangeiros, e são perseguidos pelos gregos; todavia, aqueles que os odeiam são incapazes de apontar qualquer razão para o seu ódio.

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