terça-feira, 27 de novembro de 2012

Como tratamos o nosso Pai?

Escrevo esse texto em meio à algumas reflexões do cotidiano, nas nossas desculpas, prioridades, sonhos, enfim, sempre estamos falando algo, mas, de fato é verdadeiro? Boa leitura.

Em meio a tanta notícia de que o país cresce economicamente, os pobres conseguem comprar mais e por ai vai... vive o seu João, 58 anos de idade, viúvo, pai do José, rapaz de 23 anos, prestes a ter ser primeiro emprego como professor de Literatura.
Há mais ou menos 5 anos antes, seu João acabava de perder a sua esposa, mulher batalhadora, sempre ajudando com as despesas da casa e, quando dava, no colégio do filho, a final de contas, os estudos sempre  foram a prioridade deles na vida do José. Nesse tempo, o garoto teve que terminar seus estudos em um colégio Estadual, pois a doença da mãe sugara o dinheiro que era usado para os estudos, tempos difíceis, mas o pai do menino não deixava a tristeza ser maior do que a esperança, em Deus, eles se firmavam, continuavam a batalhar.
Um belo dia o seu João recebe uma promoção no seu trabalho e passa a ganhar um pouco mais, com isso, ele tem a oportunidade de por o seu filho no melhor pré-vestibular da região. José levantava bem cedo e saía junto com o seu pai que ia trabalhar. Sua rotina era ir para a escola e depois passar o dia inteiro no curso, chegando em casa somente de noite, quando seu João também já tinha retornado e feito a janta para o filho. No final de semana, quase não se viam, a rotina dos estudos era puxada.
Época das provas do vestibular, José está confiante, seu pai o levou até o local da prova e disse que ali ficaria até o término. Passado 4 horas do início da prova, sai o garoto, alegre e sorridente como sempre, seu João sabia que o seu filho tinha feito sua parte e só restava aguardar o resultado, os dois vão para casa abraçados.
Dia do resultado da prova, um filme passa na cabeça dos dois, pai e filho choram, não de tristeza, e sim, pela longa caminhada, uma luta travada que somente Deus poderia dar as forças que eles tinham. Resultado nas mãos, lágrimas no rosto, abraço apertado, e quase que como um gemido, saía da boca do pai e do filho, obrigado Senhor, obrigado! O Pai tinha realizado o seu sonho, pois quando era jovem, queria ter entrado na faculdade, mas não foi possível, teve que trabalhar para sustentar seus 6 irmãos, depois casou e logo teve o José.
José sempre se esforçou para não decepcionar o seu pai, tentava tirar as melhores notas, ser um exemplo no seu trabalho, na sua casa, para os seus filhos, enfim, ele era grato pelo esforço do seu pai, sempre lembrando daqueles dias de luta, muito esforço... o filho sempre lutou para honrar o seu pai.

Não sei se percebeu, mas essa não é uma história real, é uma ilustração para a mensagem a seguir:

Na história acima, vemos a determinação do pai em dar um excelente estudo para o filho e a força de vontade do filho nos estudos, bem como na tentativa de sempre ser grato ao pai por tudo. Estava pensando hoje no nosso relacionamento com Deus, somos filhos?
A Bíblia  nos relata o tamanho da nossa dívida, ou seja, um valor que jamais pagaríamos, mesmo juntando toda a riqueza do mundo. O que fizemos para ter essa dívida? Pecamos, sim, pecamos!
Mesmo se pegarmos uma pessoa que, segundo um padrão de moralidade bom ela seja um exemplo para muitos, ela pode estar perdida caso não tenha a benção do Pai, ou seja, ela tem que andar segundo a regra do Pai. 
Não caímos nesse mundo de pára-quedas, tudo que existe não veio de um erro ou uma geração do acaso, surgindo espontaneamente tudo que existe. Alguém nos criou, fomos projetados, somos tão complexos. Deus preparou um mundo perfeito para o homem habitar, lhe deu uma ajudadora para juntos provarem da benção do Pai no paraíso, mas trocou a benção pelo desejo de querer ser como Deus (Gênesis 3:5). Tudo que era perfeito nesse mundo foi corrompido, pois o pecado passa a fazer parte do homem.
No capítulo lido acima, porém, no versículo 15, logo após o homem pecar o Senhor Deus promete o Salvador, seu sangue, conhecido antes da fundação do mundo (1 Pedro 1:19,20) iria regenerar o homem salvando-o da ira de Deus Pai. O homem tem uma dívida que jamais poderá pagar, mas Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus se deu na cruz, pagando pelos nossos pecados, ou seja, retirando a dívida daqueles que confessam o Seu nome e andam nos seus caminhos... e nós?  Temos andando por onde? somos verdadeiramente gratos ao que Cristo fez por nós?
Não pode haver negociação nossa com Cristo, e não haverá! Temos que aceitar a verdade, a Sua Palavra é a verdade. O mundo sempre tentará nos levar para longe da verdade, sempre! Na tentativa de darmos um jeitinho para vivermos ao nosso modo, damos desculpas e mais desculpas, provamos que não o amamos e que a prioridade está longe de ser Cristo manifesto entre os homens e seu nome ser exaltado, pois cada vez mais o  homem caído quer a atenção para si e não para o Pai, "o sucesso está nele e não no trabalho do Pai", como se ele pudesse ter dado a vida a ele mesmo, ou seja, se auto-existido.
A modernidade não pode jamais sobrepujar o eterno conselho de Deus. Estamos enfrentando momentos em que homens e mulheres quase que entram nus na igreja, pois dizem que temos que entender a modernidade... onde isso irá parar...? Mas...Tudo é relativo, dizem eles.
Vivemos em uma sociedade em que, para se ter uma comida na mesa e uma qualidade de vida razoável  é exigido muito tempo trabalhando e estando quase que sempre numa pós formação continuada, mesmo assim, penso que, ou estamos, mesmo com esse tempo corrido sendo uma ferramenta de Deus e glorificando o nome dele, trabalhando sem deixar de priorizar o Senhor, conseguindo dar conta... ou somos embaixadores das desculpas, sempre preferimos os deleites do mundo, o aplauso do homem, a torcida da falsa vitória. Vaidade, já dizia o sábio Salomão.
Pense na história acima, não queremos decepcionar o nosso pai, que tanto trabalha para nos sustentar em boa parte da vida, mas desonramos a Deus, ou não queremos desonrar o nosso chefe, mas, desonramos a Deus, também não queremos decepcionar o amigo, mas decepcionamos a Deus. Isso tem que mudar!
Fomos feitos para louvor da Sua glória! Creio que a caminhada é dura, encontraremos muitos obstáculos, mas nunca aprove aquilo que o Senhor desaprova. Não se engane, volte sempre para as escrituras, chore aos pés do Salvador.
Honre o seu Pai.


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