quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Livre Graça







ROMANOS 9:1-5

O Apóstolo Paulo faz questão de garantir a veracidade do que ele está escrevendo, pois apela para o testemunho da sua consciência e, ela está em Cristo. Ele faz questão de afirmar e reafirmar a veracidade do que iria mencionar, garantindo o testemunho no Espírito Santo.

Paulo diz que o desejo dele, se fosse possível, seria ser anátema, excluído de Cristo por amor aos seus irmãos segundo a carne. A intensidade com que o apóstolo fala, não seria por um simples fato, não mesmo, pois a preocupação e a tristeza é muito grande, a ponto de, se fosse possível, sofreria no lugar dos seus “irmãos” segundo a carne. Notem que ele faz questão de expor que os seus compatriotas não eram irmãos no Senhor.

Romanos 9:6-33
Paulo firma que a Palavra de Deus não falhou e, haveria um motivo para essa afirmação, a promessa de Deus nunca iria deixar de ser cumprida. Ele sabia que muitos israelitas não eram de fato israelitas da promessa, isso mesmo, havia então, um “Israel dentro de Israel”. Em Romanos 2:28,29, Paulo diz que o verdadeiro judeu era aquele circuncidado interiormente pelo Espírito.

Fica claro que a promessa de Deus não se referia ao Israel segundo a carne, mas ao Israel espiritual e, mesmo com a incredulidade de Israel, isso não interferiu na promessa, ou seja, a palavra de Deus não fora violada.

O Apóstolo faz distinção entre os filhos de Deus e, os filhos da carne e, de nenhuma maneira poderiam afirmar que a descendência de Isaque segundo a carne seria salva, mas que, aconteceria como Isaque. O mesmo critério usado por Deus afirmando que Isaque era filho da promessa e Ismael não, foi também usado para distinguir aqueles que são de Israel e o Verdadeiro Israel, entre os descendentes de Abraão e os filhos verdadeiros, entre os filhos da carne e os filhos de Deus, entre a descendência natural e a verdadeira.

Temos que glorificar muito a Deus, pois mesmo com tanta rejeição por parte de Israel, vasta rebeldia, Deus não deixou de cumprir sua promessa. A promessa é direcionada aos verdadeiros filhos, aos israelitas da promessa. Tudo sempre esteve sobre o domínio de Deus.

Encontramos nos versículos de 10-13 mais uma vez uma distinção, dessa vez, na família do próprio Isaque, ficando claro que tal distinção não depende de genealogia, mas da promessa de Deus.

Isaque teve apena uma esposa e, essa esposa, deu a luz aos gêmeos Esaú e Jacó. E para quem afirma que Ismael não se encontrava como filho da promessa por ser filho da escrava, agora Paulo exemplifica o caso dos gêmeos, onde Esaú foi rejeitado por Deus antes do seu nascimento, e Jacó escolhido, não havendo influência de obra alguma, somente da soberana vontade de Deus, segundo o propósito da eleição.

A bíblia relata a livre escolha soberana de Deus e, enfatiza que Deus tem misericórdia de quem ele quer (15,16), não importando a vontade do homem, mas de Deus.

Se observarmos os versículos 19 e 20, temos uma pergunta e uma resposta: Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade?
Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Deus é o criador e soberano, sua criatura daria alguma ordem? “Quem és tu ó homem?”

Nos versos 27-30, fica claro que Paulo apóia através do antigo testamento a inclusão dos gentios como povo eleito de Deus, chamados para serem filhos de Deus. Observa-se nos últimos versículos a soberana vontade de Deus, usando de misericórdia de acordo com o seu propósito, pois se fosse diferente, não haveria possibilidade de haver salvação, seríamos como Sodoma e semelhantes como Gomorra.

Todos os que não foram justificados tropeçaram na pedra de tropeço, pois buscaram a justificação através das obras, ao invés da fé. “Eu ponho em Sião uma pedra de tropeço; e uma rocha de ofensa; e quem nela crer não será envergonhado” (Romanos 9:33). A palavra do Senhor nos afirma em Atos 13:48b que todos os que haviam sido destinados para a vida eterna creram. Está explícito claramente como o homem vai ser salvo, sendo predestinado por Deus. Em 1 Pedro 2:9b diz que aqueles que tropeçaram, também foram destinados para isso.

Esse tipo de assunto causa ira em muitas pessoas, muitas delas não conseguem nem ler o texto racionalmente, não compreendem o fato de Deus querer salvar uns e rejeitar outros. Mas é impossível fugir disso, uma vez que, a palavra afirma claramente sobre a soberana e livre escolha de Deus.

Não posso deixar de expor que existem extremismos por parte de adeptos de tal doutrina, onde a doutrina da eleição passa a ser o assunto primordial e preconceituoso com cristãos, que não concordam com ela, como os Arminianos. Precisamos sim, entender que a salvação nunca seria possível sem a intervenção absoluta de Deus.

A cruz de Cristo, aquela que o crucificou, não pode ser esquecida, nela, vemos nossos pecados, somos constrangidos e certamente levados a reconhecer a nossa fraqueza e o senhorio de Cristo, nosso Senhor. Ele sim é o único capaz de perdoar nossos pecados, justificando-nos, satisfazendo a ira de Deus e, tornando-nos filhos do Senhor.




A Graça e a paz do Senhor

De volta Às origens.





Bibliografia:
Bíblia Almeida Século 21
Comentário Bíblico fiel, Romanos, John Murray, 2003,

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